
De acordo com ele, “enxergamos isso como um caminho alternativo para algumas pessoas. Assim como os adesivos e o chiclete de nicotina, essas coisas são apenas sistemas para livrar as pessoas das drogas’’. O raciocínio é que essas vacinas estimulassem o sistema imunológico a criarem anticorpos que reconhecessem a substância tóxica como qualquer outro vírus nocivo. A partir disso, o organismo se defenderia de modo a não permitir que as substâncias criassem raízes no corpo ou no cérebro.
Ao contrário do objetivo das vacinas preventivas, que tem a função de evitar a contaminação por alguma doença, a vacina antidrogas seria usada apenas depois que a pessoa já está presa ao vício. Relatos de viciados em cocaína que testaram a vacina declararam que, depois de terem sido vacinados, a droga parecia “batizada, como se estivessem desperdiçando seu dinheiro’’.
Os cientistas também testaram a vacina em ratos viciados em heroína. Janda conquistou reconhecimento depois da publicação dos resultados que mostravam que os ratos haviam parado de buscar a droga, o que leva a acreditar que não estariam mais sentido os efeitos da substância.
Imagine uma vacina contra o tabaco: pessoas tentando parar de fumar acenderiam um cigarro e não sentiriam nada. Ou uma vacina contra a cocaína, impedindo que os viciados aproveitassem as sensações do efeito da droga.
Embora nenhuma delas esteja iminente, ambas estão sendo discutidas – assim como vacinas para combater outros vícios. Enquanto cientistas historicamente focaram seus esforços de vacinação em doenças como poliomielite, varíola e difteria- com grande sucesso-, hoje eles estão trabalhando em injeções que poderão, algum dia, libertar pessoas das garras das drogas.
''Enxergamos isso como um caminho alternativo para algumas pessoas’', disse o Dr. Kim D. Janda, professor do Scripps Research Institute que fez disso a obra de sua vida. ''Assim como os adesivos e o chiclete de nicotina, essas coisas são apenas sistemas para livrar as pessoas das drogas’'.
Janda, químico de fala ríspida com um gosto por uísques caros, vem tentando há mais de 25 anos criar uma vacina assim. Como as doses contra doenças, estas vacinas agiriam estimulando o sistema imunológico a produzir anticorpos que desativariam o narcótico antes que ele pudesse criar raízes no corpo, ou no cérebro.
Fonte: Notíciasbr
Comentários
Postar um comentário