Ministro dos Esportes Orlando Silva tenta se explicar ao Senado nesta quarta-feira sobre seus escândalos.

É muito complicada a situação de Orlando Silva, que se agravou com a denúncia mostrada neste domingo sobre o desvio de milhões de reais através de uma ONG (Organização Não Governamental) ligada ao seu partido, o PC do B (Partido Comunista do Brasil).

Em viagem à África, a presidente Dilma Rousseff vai esperar esta nova sabatina de Orlando para decidir o futuro do ministro. A não ser que apareça alguma prova contundente, a situação dele só será decidida quando a presidente voltar a Brasília. A avaliação da Presidência é que Orlando Silva se saiu bem na fala à Câmara.

Nesta quarta-feira, Silva deve ser inquirido pela oposição a respeito dos convênios do ministério com Organizações Não-Governamentais (ONGs), de onde sairiam recursos para o caixa de campanha do PC do B. O ministro nega envolvimento nas irregularidades e rejeita a acusação de que teria recebido dinheiro dentro da garagem do ministério.

Orlando Silva nasceu em Salvador-Bahia e assumiu a pasta de Ministro dos Esportes em 3 de abril de 2006.

Os escândalos envolvendo o Ministro vem de muito antes. Entre o final de 2007 e o início de 2008, Orlando Silva figurou em meio às denúncias de gastos supostamente irregulares nos cartões de crédito corporativos distribuídos pelo governo federal a alguns servidores para custear despesas extraordinárias. A imprensa divulgou que o ministro efetuou diversos pagamentos em restaurantes em dias que, segundo a agenda divulgada pelo ministério na internet, não haveria compromissos oficiais. O ministério justificou alegando que havia "problemas de atualização" na divulgação da agenda. O gasto mais polêmico, porém, foi com a compra de uma tapioca por R$ 8,30 (oito reais e trinta centavos), alegadamente devido a um engano na utilização dos cartões (o ministro teria um cartão de crédito pessoal semelhante ao cartão corporativo, e os teria confundido na hora do pagamento). O relatório da Comissão Parlamentar de Inquérito que investigou o assunto isentou o ministro de culpa. No decorrer do escândalo, Orlando Silva devolveu todo o dinheiro gasto no cartão do qual era portador, no total de R$ 30.870,38. (trinta mil, oitocentos e setenta reais e trinta e oito centavos). Foram devolvidos inclusive os gastos realizados conforme a legislação.

Orlando Silva fez um papelão em Dezembro de 2010 no Evento do Prêmio Craque Brasileirão, organizado pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF), com o troféu Torcida de Ouro, quando a CBF (Confederação Brasileira de Futebol) reconheceu a força da Torcida do Esporte Clube Bahia no Brasil, ele irritou a torcida homenageada quando na entrega do troféu não citou em nenhum momento qual o significado do prêmio e qual clube e torcida estaria recebendo.

A atitude do ministro, torcedor assumido do Vitória, não foi bem recebida pelos tricolores, homenageados da noite: Silva parabenizou os campeões: da Série A: Fluminense, Série B, Coritiba e Série C: ABC, além de elogiar o Internacional, campeão da Libertadores, e o Goiás, representante brasileiro na Copa Sul-Americana, mas não comentou em nenhum momento o Bahia ou sua torcida que estava sendo a homaneada da noite, justamente o troféu que ele foi entregar, mostrando assim uma atitude anti desportista.

O ministro do Esporte, Orlando Silva, retorna na tarde desta quarta-feira ao Congresso Nacional. Depois de falar às Comissões de Fiscalização Financeira e Desporto da Câmara, ele vai ao Senado, onde será ouvido pelos integrantes da Comissão de Fiscalização Financeira do Senado. A audiência está marcada para as 14 horas desta quarta-feira, dia 19 de Outubro.

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