Candidatos com caderno de provas amarelo poderão refazer Enem

Os candidatos que tiveram problemas neste sábado, 6, com o caderno de provas de cor amarela do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) poderão refazer a prova se sentirem lesados. Essa possibilidade será adotada “em último caso”, de acordo com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep). O órgão recebeu a informação de que algumas provas amarelas de um lote específico tiveram problema de montagem e portanto não continham todas as 90 questões. Calcula-se que o problema ocorreu em menos de 1% do total das provas, totalizando cerca de 20 mil cadernos.A partir desta quarta-feira, 10, os estudantes que quiserem entrar com um requerimento porque se sentiram prejudicados pelo erro de impressão dos cartões de resposta do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) poderão fazer o pedido a partir de quarta-feira. O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) vai colocar um módulo no site do Enem (acesse aqui) para que os interessados possam fazer o requerimento.

A folha destinada à marcação das respostas das questões aplicadas no último sábado, 6, estava com o cabeçalho das duas provas trocado. O exame tinha 90 questões, sendo a primeira metade de ciências humanas e o restante de ciências da natureza. Mas, na folha de marcação, as questões de 1 a 45 estavam identificadas como de ciências da natureza e as de 46 a 90, como de ciências humanas.De acordo com o Inep, o erro foi detectado logo que as provas começaram e todos os fiscais das 128 mil salas de prova foram avisados para orientar os estudantes a seguir a ordem numérica das questões. O instituto garantiu ontem que nenhum estudante será prejudicado, caso tenha sido mal orientado.

Os estudantes prejudicados poderão pedir a correção invertida da folha de marcação por meio do site até dia 16 de novembro. Hoje, o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Ophir Cavalcante, recomendou aos estudantes que se sentiram lesados a procurar o Ministério Público.

Para evitar cola, o Inep faz versões diferentes da prova, cada uma identificada por uma cor. Neste ano foram adotadas azul, amarelo, branco e rosa. As questões são as mesmas, mas organizadas em ordem distinta. Em cada local há uma reserva técnica de 10% de provas. Segundo o Inep, a maioria dos estudantes prejudicados pode trocar o caderno. Por isso, a instituição acredita que seja pequeno o número de estudantes que precisarão refazer o exame.

No ano passado, o Inep teve que reaplicar a prova para estudantes de uma escola no Espírito Santo que ficou alagado no dia do Enem. Esses candidatos fizeram o exame junto com a aplicação que é feita para os presidiários posteriormente. Neste ano, a prova dos presídios está marcada para 6 e 7 de dezembro e uma das possibilidades é que os candidatos da prova amarela sejam reavaliados nesta data.

Para o presidente do Inep, Joaquim Soares Neto, os problemas com as provas amarelas e o erro de impressão da folha de respostas não comprometeram o exame, que ele classificou como “um sucesso”.

“A missão foi cumprida. Me sinto orgulhoso de ter liderado um processo dessa dimensão. Todo processo dessa dimensão pode ter alguns problemas, mas não vejo como esses problemas de alguma forma podem minar o Enem”, afirmou.

Segurança - Também houve entraves relacionados à segurança. Em Recife, um repórter conseguiu entrar no banheiro com o celular e mandar uma mensagem informando o tema da redação. O Inep encaminhou o caso à Polícia Federal. Em Belo Horizonte, um aluno também foi pego usando o celular dentro da sala de aula e foi retirado para prestar informações à polícia. Para Neto, não houve falhas de segurança.

“Se o estudante entra com o aparelho de comunicação escondido, não tem como fiscal de sala verificar isso. No caso dos alunos em que temos a evidência [da tentativa de fraude], vamos encaminha para as autoridades”, afirmou.

Retirado do site(http://www.atarde.com.br/vestibular/noticia.jsf?id=5647118)

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