SOS Mata Atlântica completa 25 anos com evento em São Paulo.

A Fundação SOS Mata Atlântica, uma das pioneiras do movimento ambientalista no País, está completando 25 anos este ano e a marca será comemorada no fim de semana com a sétima edição do Viva a Mata. O evento reunirá exposições sobre conservação florestal e projetos de várias instituições do País em prol do bioma. A mostra, que comemora também o Dia Nacional da Mata Atlântica (27 de maio), é gratuita e será realizada entre sexta-feira (dia 20) e domingo (dia 22) no Parque do Ibirapuera, em São Paulo. A programação conta com palestras, exposições, teatro e jogos, e pode ser conferida no site na internet www.sosma.org.br.

A SOS Mata Atlântica foi fundada por um grupo de ativistas e empresários em 1986, quando os conceitos relacionados a ecologia ainda eram pouco difundidos. Apenas seis anos mais tarde, com a ECO-92 (Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento), no Rio de Janeiro, a temática da conservação ambiental ganhou adeptos em massa. "Quando a ONG foi criada, boa parte da população não sabia bem o que era a Mata Atlântica. Muita gente achava que se resumia à Serra do Mar", conta Márcia Hirota, diretora de Gestão do Conhecimento da instituição. "A SOS Mata Atlântica foi pioneira em profissionalizar a militância do movimento ambientalista, ao reunir profissionais capacitados para se dedicar seriamente em torno da causa e divulgar informações para a população", acrescenta.

Entre as conquistas do grupo, Márcia cita o apoio à frente parlamentar responsável pela formulação da Constituição de 1988, que estabeleceu a Mata Atlântica como um patrimônio nacional. Em seguida, a ONG e outras instituições do setor trabalharam juntas pela criação da Lei da Mata Atlântica, que regulamenta a exploração econômica da floresta. A lei foi sancionada em 2006 pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, após 14 anos de tramitação no Congresso.

A taxa de desmatamento do bioma no País passou por uma redução significativa nas últimas três décadas. O desmate médio anual passou de 77,6 mil hectares, verificado em 1990, para 25,5 mil hectares em 2008, de acordo com dados compilados pela Fundação SOS Mata Atlântica e pelo Institucional Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), órgão do governo federal. Hoje, porém, restam apenas 11% da cobertura original deste bioma no País. Nessa área, vivem 383 das 633 espécies brasileiras de animais ameaçados de extinção.

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